O diploma que atualiza o valor do salário mínimo nacional já foi publicado em Diário da República. A partir de 1 de outubro, de 485 euros, o salário mínimo passará para 505 euros brutos.
Esta atualização resulta de negociações entre o Governo e os parceiros sociais que, no passado dia 24 de setembro, assinaram o acordo. A UGT e as confederações patronais consideraram que, apesar da dificuldade para conseguir o aumento do salário mínimo, as negociações valeram a pena.
Segundo o Secretário-Geral da UGT, Carlos Silva, o acordo “foi ao encontro das propostas da UGT”, referindo ser “um acordo justo para os cerca de 350 mil trabalhadores que ganham o salário mínimo nacional”.
Na entrevista dada ao programa “Página 2” da RTP2, o líder da UGT ressalva que, embora o acordo seja insuficiente, é importante que se perceba que “estamos a falar de 485 euros congelados durante 3 anos”. Neste sentido, era igualmente importante “dar um sinal ao país de que alguma coisa tem de ser feita para retomar a confiança económica dos principais agentes económicos”.
Carlos Silva considera, também, que o aumento do salário mínimo significa, neste momento, “um sinal dado à sociedade portuguesa de que é possível que a concertação social funcione envolvendo os parceiros sociais”, tendo a UGT dado esse sinal.
Em entrevista à Antena 1, o Secretário-Geral da UGT defende, ainda, que as empresas que não conseguirem subir o salário mínimo aos seus trabalhadores terão o seu futuro comprometido.