Carta á União da UGT Leiria

Exmo. Sr. Presidente da União da UGT de Leiria

Caro Amigo Dr. José Amílcar,


No momento de grande dificuldade e angústia que os Trabalhadores do nosso Distrito (e não só) estão a atravessar, não posso de maneira alguma deixar de não mostrar a minha indignação da forma como o Tecido Empresarial se encontra no Distrito de Leiria.

São centenas e centenas de Empresas que encerraram e o vandalismo está bem patente nas instalações das mesmas, que contribui para a sua destruição e assim, mais difíceis de recuperar para voltarem a laborar.

São Empresas, do Sector do Mobiliário, Cristalaria. Estas, já nem Associação Sectorial têm em actividade.

Empresas Têxteis são autênticos desertos em Mira de Aire, Minde, Castanheira de Pêra, etc. Vilas em que o sector tinha uma implementação forte.

A Construção Civil e obras públicas, sector de grande empregabilidade estão de rastos; Sector Cerâmico: pequenas e médias empresas têm desaparecido.

Sector Químico – já existem Empresas em grandes dificuldades. A redução dos efectivos e bem patente em todas as Empresas e, o início de encerramento daquelas menos estruturadas. O Sector dos Moldes está a querer recuperar timidamente.

O Sector do Papel encontra alguma estabilidade. O Sector Cimenteiro dá sinais que nos começa a preocupar.

Sector do Vidro de Embalagem e o único que tem tido alguma estabilidade e crescimento.

No tecido comercial têm encerrado centenas de estabelecimentos em todo o Distrito.

Assim vai o nosso Distrito: milhares de Trabalhadores que perderam o seu posto de trabalho, famílias com grandes dificuldades económicas e financeiras, que os levam ao desespero e nós, sindicalistas seus representantes sem podermos ajudar a minimizar o sofrimento de todos os Homens e Mulheres, para quem ambicionamos mais e melhor Emprego, melhor qualidade de vida, mais justiça social.

Vou terminar como comecei, estou indignado com todos que nos levaram a este estado de coisas, é uma situação indignante.

Este é o meu grito de revolta. Esta não é a Sociedade que desejo para o meu País.

NOTA FINAL:

Vêm aí as novas alterações ao Código de Trabalho. Aguardamos se nos vão dar mais Emprego.

Pela minha experiência de vida de Sindicalista, de Homem, não acredito, bem pelo contrário, vai trazer mais repressão, mais conflitualidade, menos justiça social.

Sou crente em Deus, ele todo-poderoso que nos ilumine a todos e que nos dê o Pão e a Paz.

Cordiais saudações sindicais, um abraço de amizade.

 

O Sindicalista do Sindeq,

José Pedro Adrião

Marinha Grande, 19 de Junho de 2012

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Sindicato das Indústrias e Afins UGT

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