Comunicado Ind Química

COFESINT

SINDEQ – SITEMAQ – FE

– Aos trabalhadores das Indústrias Químicas –

PREPARAR O FUTURO

 

Foi já durante o corrente mês de Outubro que terminou o processo de Conciliação requerido pelos sindicatos da UGT com vista à revisão do Contrato Coletivo de Trabalho para as Indústrias Químicas. Terminou sem que fosse possível chegar a acordo, porquanto as associações patronais mantiveram-se intransigentes na recusa de procederem a atualizações salariais e, infelizmente, os serviços de conciliação do Ministério do Emprego não têm capacidade para promover qualquer tipo de aproximação entre as partes.

 

No entanto, nem tudo é negativo. Durante o processo de conciliação, o Sindeq, o Sitemaq e a Federação dos Engenheiros (FE), agora coligados na COFESINT – Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes, solicitaram e foram recebidos pelos presidentes de algumas associações patronais no intuito de se saber se vale ou não a pena continuar com a negociação coletiva no setor, pois ao fim de 4 anos sem que tenha sido possível chegar a acordo, o CCT pode começar a deixar de fazer sentido.

 

Desta nossa iniciativa resultou uma reunião entre os Presidentes das Associações e a mensagem que nos transmitiram é que continuam (ao contrário do Governo) a pensar que a negociação coletiva continua a ser a melhor forma de regular as condições de trabalho nas empresas. Como todos sabemos as declarações de intenção nada valem se não forem acompanhadas de atos concretos que demonstrem vontade inequívoca de lhes dar conteúdo. Estamos conscientes que tão cedo não vai ser possível recuperar a perda de poder de compra que nos foi imposta pelo Governo, através dos impostos, e a decorrente da subida da inflação que, em termos acumulados, já está nos 7%. Mas temos a expetativa de que nas negociações para 2014, que em breve se vão iniciar, seja possível começar essa recuperação.

 

O trabalho dos sindicatos é agora muito difícil. Para além das dificuldades que nos levantam as empresas, temos um Governo que faz bonitas declarações sobre o diálogo com os parceiros sociais mas, na prática, tudo faz para retirar força aos sindicatos e acabar com a negociação coletiva de trabalho. Mas nós não desistimos. Temos plena consciência que são os sindicatos as únicas organizações que ainda têm alguma capacidade para se opor a esta onda de injustiça e desigualdade que avassala o Mundo e muito especialmente a Europa. Os trabalhadores podem contar connosco, como nós contamos com eles para resistir. Como diz o poema “Há sempre alguém que diz não!”

Lisboa, 28 de Outubro de 2013

                                                                         SINDEQ   –   SITEMAQ

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Sindicato das Indústrias e Afins UGT

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