RETOMADAS AS NEGOCIAÇÕES
Ao fim de alguns meses de interrupção, cuja responsabilidade deve ser atribuída por inteiro à empresa, foram finalmente retomadas as negociações tendentes à revisão global do AE Portucel (objeto de denúncia por parte da empresa), bem como iniciadas as negociações para a revisão salarial referente a 2013.
Sobre esta última questão, a empresa diz-nos que só avança com uma contraproposta concreta após ter a certeza que há boas possibilidades de se chegar a acordo sobre a revisão do clausulado. Como parece óbvio, trata-se de uma pressão sobre os trabalhadores e os sindicatos no sentido de acedermos às suas pretensões. É uma postura negocial que reprovamos pois entendemos que ocorrendo a caducidade do AE Portucel apenas em 2014, nada obsta a que se negoceie desde já os aumentos salariais para 2013 e, depois, com serenidade, procuremos encontrar soluções para as matérias onde há ainda divergências.
Com efeito, no decurso das reuniões de negociação realizadas no ano passado, foi possível chegar a acordo sobre a maior parte das cláusulas do AE Portucel. No entanto, subsistem divergências sobre algumas delas que não são fáceis de ultrapassar. A posição da empresa é conhecida: aos atuais trabalhadores garante a maioria dos direitos e regalias em vigor (mesmo assim deixa alguns de fora) e aos futuros trabalhadores quer aplicar pouco mais do que o Código do Trabalho.
Ao longo do tempo a administração tem vindo a endurecer a sua postura negocial, fortalecida com o fracasso de algumas lutas sindicais manifestamente extemporâneas. As negociações estão assim mais difíceis, mas a nossa determinação em obter um acordo vantajoso para os trabalhadores não abrandou e tudo vamos fazer para o levar a “bom porto”.
Reaberto o processo negocial e identificados os pontos de divergência, estamos agora em fase de aproximar posições e aferir se é possível ou não estabelecer um acordo em negociações diretas. A Fetese não tem pressa. No entanto, tem plena consciência que para se chegar a acordo é preciso agarrar as oportunidades e não deixar arrastar o processo para um beco sem saída. Isso não queremos nem vamos deixar que aconteça pois temos perfeita consciência que a celebração de um acordo é do interesse e corresponde à vontade da maioria dos trabalhadores da Portucel e empresas associadas.
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SINDICALIZA-TE. JUNTA A TUA À NOSSA FORÇA
Setúbal, 6 de Fevereiro de 2013