Numa semana em que se comemora a Eliminação da Violência contra as Mulheres, nunca é demais alertarmos para a urgência de condenarmos, veementemente, qualquer tipo de violência contra as mulheres, seja em casa, no local de trabalho ou em qualquer outro lugar.
A IndustriAll European Trade Union, federação à qual o Sindeq pertence e que representa cerca de 7 milhões de trabalhadores de cerca de 200 sindicatos europeus, chama a atenção para a existência de um quadro jurídico internacional destinado a proteger os direitos humanos das mulheres e também para a necessidade dos Estados-Membros tomarem medidas eficazes, preventivas e punitivas para a erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres em todas as áreas onde ela pode ocorrer, uma vez que ela persiste em todos os países e em todas as configurações: privada, pública, doméstica, social e no trabalho.
A violência contra as mulheres é uma das consequências mais graves das desigualdades entre homens e mulheres, seja do ponto de vista cultural, económico, social ou político. De acordo com as Nações Unidas, em 2014, entre 40 a 50% das mulheres continuam a sofrer de assédio sexual no seu local de trabalho. A crise económica em curso tem tido uma influência direta e prejudicial sobre a independência das mulheres, que perdem os seus empregos ou que permanecem em empregos remunerados com benefícios sociais limitados.
Enquanto sindicato, e fazendo-nos também valer do apelo da IndustriAll, a nossa preocupação é garantir os direitos das mulheres trabalhadoras, que são vítimas de violência, prevenindo e denunciando situações de violência. Continuaremos a trabalhar para diminuir todo o tipo de desigualdades nas sociedades, empresas e locais de trabalho, contribuindo para diminuir esta realidade.
Para este efeito, a Comissão de Mulheres da UGT associa-se a esta causa. Todas as mulheres vítimas de violência podem sempre contar com o seu apoio, através do seu pólo de atendimento (polo.atendimento@ugt.pt | 213 931 216), fazendo chegar à central sindical todas as informações, de modo a que seja facultado apoio e encaminhamento em caso de violência.