O PIB mundial triplicou desde 1980 contudo o abismo das desigualdades apenas aumentou.
Em muitos casos, os trabalhadores das grandes corporações internacionais, não têm estabilidade laboral, trabalham longas horas por salários de miséria, em condições de saúde e segurança deploráveis.
O mundo está a chegar a um ponto de viragem:
- 60% do comércio global é agora dominado por grandes empresas que, usam um modelo económico baseado na exploração e no abuso dos direitos humanos em grandes cadeias de abastecimento. As pessoas significam cada vez menos para estas empresas globais centradas no seu poder económico.
- Os CEO’s das grandes empresas sabem que os seus lucros têm na sua base baixos salários, condições de trabalho que desprezam a vida humana ao ponto de não prevenir acidentes ou doenças profissionais, mas também os lucros que advêm do desrespeito pela absoluto natureza. Este é um modelo baseado na corrupção.
Os trabalhadores e as suas famílias estão fartos desta situação:
- ∙94% das pessoas quer que os direitos laborais sejam a base dos acordos de comércio global;
- ∙94% das pessoas quer melhor regulamentação para tornar as corporações empresariais mais responsáveis por melhores salários e condições;
∙88% das pessoas quer que os salários mínimos sejam aumentados em todo o mundo.
A ganância global está em julgamento neste dia.
Se cada nação fizesse com que as suas corporações fossem responsabilizadas pela sua conduta empresarial a nível nacional e internacional, poderíamos terminar com esta ganância global e pôr a economia global a trabalhar para todos e não apenas para os mais ricos de entre os ricos.
Se os governos defendessem melhores mercados de trabalho e assegurassem uma melhor e mais justa distribuição da riqueza através de salários mínimos e da negociação colectiva – baseada na garantia fundamental da liberdade de associação – poderíamos reduzir as desigualdades.
Se os governos dessem prioridade à dignidade da proteção social para todos, esta interminável corrida para o fundo poderia ser parada e poderíamos reconstruir a justiça económica.
O Trabalho está no centro da Constituição da OIT e das leis internacionais, contudo o trabalho de 2,9 mil milhões de pessoas é cada vez mais visto pelas grandes corporações empresariais como um recurso que garante a riqueza de uns poucos privilegiados.
Pelo Trabalho Digno e por uma economia sustentável exigimos que as corporações empresariais
- ∙deixem de fazer batota fiscal;
- ∙respeitem a natureza (os solos, as águas, o ar, o clima);
- ∙mostrem a sua verdadeira rede de conexões;
Neste dia 7 de Outubro de 2015 dizemos BASTA à precarização, aos baixos salários, às más condições de trabalho. Exigimos para todos os trabalhadores em todo o Mundo Direito de Associação e Negociação Colectiva.
Todos Juntos estamos determinados a dizer: BASTA de ganância empresarial!