UGT CONTRA AS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO PRIMEIRO–MINISTRO
As medidas anunciadas pelo Primeiro–ministro são de extrema violência contra os trabalhadores e pensionistas. Os pensionistas e trabalhadores do setor público mantêm a perda de dois salários e os trabalhadores do setor privado perdem um salário.
O Primeiro–ministro não só desrespeita a decisão do Tribunal Constitucional, como cria uma nova medida que impõe a perda de um salário aos trabalhadores do setor privado.
Em benefício do País e da redução do défice? Não! Em benefício da fatura salarial das empresas, ou seja, em geral a favor dos empresários.
Estas medidas de empobrecimento generalizado não vão beneficiar o Crescimento e o Emprego, mas sim transferir rendimentos dos trabalhadores para os detentores de capital.
São medidas de austeridade cega, de injustiça social e em total oposição às declarações do Senhor Presidente da República que afirmou não poderem ser pedidos mais sacrifícios aos trabalhadores e pensionistas e que os sacrifícios só deveriam ser pedidos aos que ainda não os fizeram: os detentores de mais riqueza.
A UGT manifesta assim a sua total e completa oposição à aprovação destas medidas previstas para o Orçamento de Estado de 2013. Não são medidas de combate ao desemprego, mas sim de escandalosa injustiça social.
Esperamos que a oposição política e social derrote estas medidas e que o Senhor
Presidente da República assuma as suas responsabilidades.
Lisboa, 7 de Setembro de 2012