A 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher e o Sindeq, em conjunto com a IndustriALL Global Union (organização à qual pertence), reforça a importância deste dia, principalmente pelo contexto de violência que afeta cada vez mais mulheres por todo o mundo.
Mulheres que são vitimas de conflitos armados e de intolerância religiosa e para os quais são usadas como ferramenta de guerra. Uma calamidade que, juntamente com os problemas económicos, constituem uma ameaça direta para a conquista pelos direitos das mulheres.
Em 2015, as mulheres continuam a ser desafiadas pela persistência da violência, continuam a ser subjugadas a papéis tradicionais, a estereótipos de género, a falta de acesso a serviços de saúde, ao extremismo. Por todo o mundo, questões relacionadas com a raça, com a classe social, com a situação económica, com as crenças religiosas e políticas, prosperam sobre a exploração das mulheres. As mulheres ainda são vulneráveis à violência doméstica e à falta de proteções legais.
Na Europa, a austeridade tem posto em causa direitos fundamentais relativos, por exemplo, à maternidade. Uma situação que a IndustriALL alerta como sendo prioritária para os sindicatos, conferindo-lhes um papel fundamental nas propostas exigidas para as mesmas.
Sobre este aspeto, Christiane Olivier – Presidente do Comité Feminino da IndustriALL – destaca que as mulheres enfrentam alguns desafios. A presidente sublinha que “a filiação sindical de mulheres representa, em média, 40%, no entanto, as mulheres ocupam apenas 15% das primeiras posições de tomada de decisão nas suas organizações”. Ressalva, também, que “a taxa de participação de força de trabalho feminino é inferior à dos homens” e que as mulheres continuam a predominar em trabalho de baixa qualidade, precário e desvalorizado. Adverte, ainda, que a violência baseada no género continua a ser uma característica tolerada em local de trabalho e sem nenhuma norma jurídica internacional a proibir isso.