A UGT aprovou esta terça-feira, no Porto, a sua Política Reivindicativa para 2025-2026, reafirmando a prioridade estratégica de valorizar o trabalho, reduzir desigualdades e garantir a sustentabilidade do Estado Social, num contexto económico nacional e internacional marcado por incerteza.
Entre as principais reivindicações para este biénio, a central defende uma elevação mais rápida dos rendimentos dos trabalhadores, propondo que o Salário Mínimo Nacional atinja os 950€ já em 2026, acima do previsto pelo Governo.
A UGT sustenta igualmente a necessidade de rever os referenciais salariais definidos em sede de Concertação Social, garantindo um alinhamento com o custo de vida e a produtividade.
No plano fiscal, a UGT exige neutralidade no IRS, alertando que a subida dos salários não pode ser anulada pelo aumento da carga fiscal sobre o trabalho.
A central manifesta ainda grande preocupação com a persistência de vínculos precários e rejeita alterações legislativas que fragilizem a estabilidade laboral ou reduzam a responsabilidade contributiva das empresas para a Segurança Social.
A proteção social pública mantém-se como eixo fundador da ação sindical, com a UGT a defender o reforço da sustentabilidade da Segurança Social através de emprego estável, rendimentos dignos e combate à evasão e informalidade.
A política reivindicativa agora aprovada reforça ainda o compromisso com a igualdade de género, o combate à discriminação laboral associada à maternidade e a promoção de condições que permitam a conciliação entre trabalho e vida familiar.
Também os jovens assumem centralidade nas prioridades da UGT: a organização alerta para níveis elevados de precariedade, dificuldades de acesso à habitação e remunerações pouco atrativas, defendendo medidas que retenham talento e assegurem perspetivas de futuro em Portugal.
A UGT destaca ainda a necessidade urgente de reforçar o SNS e a Escola Pública, valorizando carreiras e garantindo condições de qualidade no acesso aos serviços essenciais.
Por fim, perante a crise na habitação que afeta milhares de famílias, a central reivindica o alargamento substancial da oferta pública e cooperativa, sublinhando que a habitação é um direito constitucional e não uma mercadoria.
Aceda à Política Reivindicativa no link abaixo
https://www.ugt.pt/publicfiles/7173b1a8e79fc3555f79267901c55017807d4ec7.pdf
